As florestas catarinenses e sua engenharia, são fundamentais pelos bens, produtos e serviços ambientais oferecidos pelos plantios homogêneos e pelas florestas naturais manejadas de forma sustentável.
Santa Catarina possui 37% de matas nativas e 5% de reflorestamentos, cerca de 10% da área reflorestada do Brasil. Em 2004 Santa Catarina foi o maior produtor de móveis e aberturas (produzindo quase 43% do total), o segundo em madeira serrada (18,7%), e o terceiro em papel (13,82%). Em 2005 mais de US$1,16 bi foram exportados, cerca de 45% do agronegócio, do qual dependem 86% das divisas do estado. Em algumas regiões, mais de 50% da movimentação econômica depende da madeira.
A competitividade florestal catarinense é reconhecida mundialmente, mas todo este potencial pode ser desperdiçado sem investimentos em ensino, extensão rural e pesquisa técnico-científica. As exportações agrícolas aumentaram 22% entre 2001 e 2005 no Brasil, enquanto o crescimento em Santa Catarina foi apenas de 15%. No setor florestal foi o contrário, crescemos 26% contra 24% na média nacional. Mas até quando isso será possível? A que custo social e ambiental este resultado é alcançado?
Temos 4 cursos de Engenharia Florestal no Estado, um deles na UDESC à espera de apoio para se consolidar. Ademais, faltam linhas de financiamento dirigidas para pesquisa florestal. A Epagri possui um quadro exíguo para realizar extensão e pesquisa florestal, com apenas 3 engenheiros florestais, e no último concurso público, em meio a 369 vagas, apenas uma foi dedicada a esta categoria.
Somente com profissionais gabaritados teremos capacidade produtiva, segurança para os produtores, e criação de alternativas, em sistemas agroflorestais, ao operar créditos de carbono, e preservar mananciais, que fazem da atividade florestal um dos pilares do desenvolvimento sustentável.
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